Jornal da Praceta

Alexandre Cabral (1917-1996)

Antigo morador da Rua Frei Tomé de Jesus (Freguesia de Alvalade)

 Camilianista emérito, viveu uma boa parte da sua vida no  Bairro de S. Miguel, mais propriamente na Rua Frei Tomé de Jesus.

Alexandre Cabral nasceu em 1917 e estreou-se n ficção aos 19 anos. Tornou-se conhecido com os seus livros de contos como O Sol Nascerá um Dia (1942), Contos da Europa e da Africa (1947) e Histórias do Zaire (1956), estes dois e a novela Terra Quente(1953) são o resultado da sua estadia em África. Atinge a sua maturidade literária com Fonte da Telha (1949), Malta Brava (1955) e Margem Norte (1961).

Da sua incursão teatral regista-se As Duas Faces (1959). Expressão do tempo que o país vivia é de assinalar também a "narrativa romanceada" ( subtítulo para iludir a Censura) : Memórias de um Resistente (1970).

Como camilianista a sua obra não tem paralelo, dispersando-se por revistas,  prefácios, artigos, separatas,  antologias, livros e dicionários dedicados a Camilo Castelo Branco. Entre estas destacam-se as edições críticas de As Polémicas de Camilo (1962-1970; reed. 1981-1982), Correspondência (iniciada em1984 e ainda não concluída), Estudos Camilianos(1978),CCB Roteiro Dramático de um Profissional das Letras (1980), Subsidio para uma Interpretação da Novelística Camiliana(1986),  Dicionário de Camilo Castelo Branco (1989). Alexandre Cabral não apenas um escritor e investigador, mas também um homem empenhado na luta pela democracia em Portugal.