Informação sobre as freguesias de Alvalade, Campo Grande e São João de Brito  

EDITORIAL

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Um Programa Mínimo para Lisboa

O Estado está para Portugal, como a CML está para Lisboa: ambos constituem um dos maiores obstáculos ao seu desenvolvimento e qualidade de vida dos cidadãos. O diagnóstico é conhecido, as terapias necessárias também, mas o que tem faltado é vontade de mudar. Lisboa requer uma mudança urgente em muitas áreas.  

1.Máquina camarária. A abundância de departamentos, serviços, divisões, assessores, funcionários ou contratados cresceu na razão inversa ao trabalho e qualidade do serviço prestado à população. A CML tornou-se num viveiro de parasitas. É raro encontrar um serviço municipal onde os funcionários tenham objectivos definidos, cumpram os horários de expediente ou estejam à altura das funções que executam. Um garnde número de dirigentes e funcionários tem duplos e triplos empregos, sendo que aquele que menos os precupam é o emprego camário. O predomina na maioria dos serviços é a incompetência e o laxismo, sendo inexistente qualquer tipo de avaliação de desempenho minimamente credível. Urge refundar a CML, começando por a expurgar dos parasitas que foi acumulando. 

2. Freguesias. O seu número excessivo (53) e desequilibrado revela a forma caótica em que assenta a organização autárquica da cidade. Umas são enormes com recursos limitados, outras minúsculas com meios excessivos para as suas funções e número de fregueses. O actual sistema só serve para manter clientelas partidárias, não para servir os munícipes. 

3.Empresas municipais. Um desvario total, à margem de qualquer controlo, e cuja única função parece ser a de arranjar trabalho para amigos e enteados e aumentar os vencimentos dos dirigentes camarários através do sistema de acumulações. É urgente acabar com este regabofe.

4. Assembleia Municipal.  É difícil conceber que possa existir uma organização tão grande e dispendiosa para tão poucos resultados. Para além de uma cura de emagrecimento, necessita urgentemente de um serviço minimamente eficaz de  informação. Os municipes estão afastados de qualquer participação séria nas suas sessões e trabalhos, quando lhes á dada a possibilidade de intervir à para servirem de meras figuras decorativas.

5. Partidos Políticos. A CML tem sido para os principais partidos políticos um meio para darem emprego bandos de parasitas e incompetentes que vivem e se alimentam nas máquinas partidárias. Lisboa está refém destes bandos de inúteis que ninguém percebe como ascenderam aos cargos que ocupam. 

6. Polícia municipal. Ninguém percebe a razão da sua existência. Não seria mais eficiente ( e barato) confiar as suas funções aos agentes da PSP e melhorar os serviços de fiscalização da CML? 

7.Distribuição de Recursos. Quando se analisa as prioridades dos investimentos da CML percebe-se logo porque a cidade está na situação em que se encontra. O supérfluo torna-se numa prioridade, e o que é essencial para a cidade em algo supérfluo. Um exemplo: a CML gastou incomensuravelmente mais com os clubes de futebol, do que aquilo que investiu nas escolas básicas que lhes estão confiadas. A educação é manifestamente algo de superfluo, mas os interesses das máfias do futebol é assumido como algo de essencial pela autarquia.

8.Gestão Urbanística. A submissão da CML aos interesses especulativos das empresas imobiliárias, traduziu-se em toda a cidade em verdadeiros atentados urbanos que degradaram a qualidade de vida da população. As trocas e baldrocas nas continuas permutas entre a CML e privados tem quase sempre um único resultado: o benefício de alguns em prejuízo do Bem Comum. Fruto desta incompetente (ou corrupta ?) gestão urbanística, tem sido a rápida transformação  dos bairros lisboetas em dormitórios, onde os espaços verdes não pararam de minguar. Quem tem posses foge da cidade ou fecha-se em condomínios de luxo. 

9.Espaços públicos. Basta olhar para a envolvente dos edifícios públicos (monumentos, tribunais, escolas, museus, mistérios, etc) para nos darmos conta que a CML tem uma gestão incompetente e ruinosa destes espaços. Pior era impossível. Basta ver a forma como a CML assiste à impune degradação das fachadas dos edíficios, com as marquises para perceber que estamos perante um organismo público que não consegue cumprir as suas mais elementares funções. 

10. Património.O património que está a cargo da CML encontra-se num processo de rápida degradação, situação que não à memória na cidade. Um dos melhores exemplos desta calamidade pública são os museus municipais, como o Museu Rafael Bordalo Pinheiro, onde a CML, através de licenciamentos diversos, contribuiu directamente a destruição das fundações do edifício do museu. Esta barbárie camarária está a empobrecer diariamente o país e a cidade.

11.Gestão do Tráfego. As políticas camarárias foram sempre no sentido de trazerem sempre mais carros para a cidade. Não contentes com isso permitiram a transformação das garagens em armazéns, cinemas, etc.Para aumentar a confusão provocada, a CML não consegue sequer regular as cargas e descargas na cidade, o estacionamento, etc.

12.Poluição. A poluição sonora e atmosférica atingiram níveis que estão a colocar em perigo a saúde da população. Nenhuma medida foi até agora tomada para combater esta situação. 

13. Requalificação Urbana. Lisboa tem hoje mais semelhanças com uma cidade africana, como o Cairo, do que com uma cidade europeia. O aspecto geral dos seus edifícios é medonho. As principais praças públicas da cidade à muito que são indignas desse nome. Os chamados "bairros históricos" estão num processo de morte lenta, quer pelo envelhecimento das suas populações, quer pela sua degradação. Os gabinetes municipais criados para promoverem a sua recuperação limitaram-se a justificar a sua existência promovendo conferências, edição de livros, e só esporadicamente fizeram aquilo que tinham por missão fazer. Com os mesmos recursos financeiros e com menos pessoas, mas mais competentes, seria fácil fazer muito mais e melhor a bem da cidade. 

14.Higiene Urbana. Os serviços camarárias responsáveis pela limpeza à muitos anos que deixaram de funcionar. O lixo acumula-se por toda a cidade perante o total alheamento de quem é pago para tratar da sua limpeza. 

15.Segurança. 16.Equipamentos de Desporto e Lazer. 17.Equipamentos culturais (teatros, bibliotecas, arquivos, etc). 18.Turismo. 19.Enquadramento regional.  20.Exclusão Social21.Participação dos Cidadãos.

Junho de 2005

Carlos Fontes - Director do Jornal da Praceta       

 

    
 

Corrupção nas Autarquias

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"Nenhum português que algum dia teve de contactar com um serviço municipal na área do licenciamento e construção conseguiu fazê-lo sem, em alguma fase do processo, lhe ser sugerido que podia 'olear' a máquina. Todos têm histórias para contar, umas vividas, outras ouvidas" . José Manuel Fernandes, PÚBLICO, 2-3-2005. Mais

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Confirma-se a Política do Vale Tudo ! ( 3 )

Lisboa, reflexo do estado calamitoso em que o país vive, não foge à regra: está entregue à bicharada !. O partido no poder é o mesmo, mas as decisões tomadas no município seguem agora uma outra lógica: a do vale tudo ! Os compromissos publicamente assumidos por Santana Lopes, são agora ignorados por Carmona Rodrigues ( ver ). Não nos espanta. Este foi o cenário que apontamos, quando em Julho de 2004 se confirmou o seu regresso à CML. Mais.

    

O Regresso ao Passado: Carmona Rodrigues na CML ( 2 ) 

Não foi apenas a nomeação de Santana Lopes como primeiro-ministro que deixou o país em estado de choque (12 de Julho de 2004), foi também o nome avançado para o substituir na CML. Em particular os moradores da freguesia do Campo Grande, que o conhecem desde 2001 estão apreensivos com o seu anunciado regresso à CML. Afinal o que os lisboetas podem esperar de Carmona Rodrigues ? Esta é precisamente a grande  incógnita. Mais.

    

Oh Não ! ( 1 )

O país entrou em estado de choque, com a mera possibilidade de ter como primeiro-ministro o actual presidente da CML e como ministro dos negócios estrangeiros o ex-vereador Paulo Portas. Andando pelas ruas de Lisboa, no dia em que se confirmou esta hipótese (28 de Junho de 2004), ninguém queria  acreditar no que os deuses estavam a urdir. Mais

    

Vamos Para a Televisão !

Quando os moradores têm um problema na cidade de Lisboa, a primeira coisa que lhes ocorre é logo contactarem a televisão para denunciarem o caso. Dir-se-á que procuram protagonismo.  Tendo em conta o que se passou na Praceta da Jardim da Rua José Lins do Rêgo, julgo que a questão é muitíssimo mais grave. Mais

    

PJ Limpa (Sózinha ) CML

Faz em breve dois anos que ocorreu uma das mais prometedoras campanhas eleitorais para a CML. Como escrevemos neste Jornal, qualquer observador por menos atento que estivesse, face às afirmações dos candidatos Pedro Santana Lopes e Paulo Portas não teria dúvidas em concluir que Lisboa e em particular a CML estava dominada por dirigentes e funcionários corruptos.  Estes intrépidos guerreiros  prometiam uma luta sem tréguas, nem conciliações para limpar a CML. Mais

    

O Triunfo da Demagogia 

O comum dos lisboetas vive hoje uma situação de profunda perplexidade. Ele não sabe no que deve acreditar, se naquilo que os seus olhos vêm, se no que se afirma diariamente na televisão. Mais

    

Quem Ganha com o Descalabro das Autarquias?

Os municípes deste país vivem hoje uma situação, paradoxal: Por um lado, sentem mais confiança nas autarquias do que no Estado, dada a sua maior proximidade. Por outro, temem-nas, dada a forma danosa como são frequentemente geridas, reflectindo-se estes efeitos não apenas a nível local, mas também em todo o país.  Mais

 

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