Dir. Carlos Fontes

 
 

 

Palácio dos Coruchéus

 

Durante largos anos foi um exemplo paradigmático da incúria dos serviços camarários. Durante anos o Jornal da Praceta denunciou o abandono do palacete onde foram instalados os serviços responsáveis pelo património que está confiado à CML...

 

 

 

 

Departamento do Património Cultural

da Câmara Municipal de Lisboa

 

 

A sede do Departamento do Património Cultural (DPC) da CML, no Campo Grande, espelha a degradação que o património municipal atingiu.  Pior é difícil de imaginar.

 

Instalado no "Palácio dos Coruchéus", cuja origem data provavelmente do século XVII, o edifício foi objecto de importantes obras de beneficiação no executivo camarário liderado por João Soares.

 

A verdade é que os responsáveis do DPC sempre demonstraram a mais completa insensibilidade para as questões do património, a começar pelo local onde trabalham e que devia primar pela excelência, dando desta forma o exemplo aos munícipes. O que aconteceu foi exactamente o contrário.

 

 

Estacionamento

 

      

Os funcionários camarário transformaram a zona envolvente do Palácio dos Coruchéus, num caótico parque de estacionamento. As imagens mostram todavia uma nítida preferência pelo estacionamento nas zonas ajardinadas.

(Temos uma vasta colecção de fotografias)

 

Lixeiras

O visitante mal se aproximava dos Palácio dos Coruchéus, onde estava instalado a sede Departamento do Património Cultural da CML, rapidamente se apercebia da multiplicação das lixeiras. Este era o local preferido de muitos moradores para deitarem fora o que não querem perto de si.

Talvez por esta razão, a CML ,  não encontrou sítio mais apropriado para colocar grandes contentores de lixo do que à entrada do recinto onde trabalham altos responsáveis municipais encarregues de velarem pelo património da cidade de Lisboa..

No interior do recinto,  lixo é  coisa que não falta. Os funcionários municipais, não encontraram também um lugar mais adequado para o depositarem lixo que do a mais elegante das varandas do palácio.

O facto mais intrigante de todos é contudo o da proliferação de contentores de lixo abandonados.

Os moradores dividem-se quanto à razão desta insólita situação. A opinião mais consensual é que no local abundam inúmeros produtores de lixo: os funcionários municipais, os artistas dos ateliers, os toxicodependentes, os moradores da zona, etc. Todos aproveitam para emporcalhar o que resta do jardim do Coruchéus.

(Temos uma vasta colecção de fotografias)

 

 

Degradação

Embora o Palácio dos Coruchéus tenha sido objecto de importantes melhoramentos no tempo de João Soares, a verdade é que em pouco tempo os equipamentos ali existentes apresentavam já  um adiantado estado de degradação. Em geral tem todos a mesma marca: o completo desleixe !  

  

 

Centro de Artes Plásticas dos Coruchéus - painéis de azulejos

No Centro de Artes Plásticas nos Coruchéus, um outro painel de azulejos de João Segurado, datado de 1970, está num processo de rápida degradação.

A maioria dos ateliês para artistas foram confiados a amigos dos dirigentes camarários que os usavam  para tudo menos para a criação artística.

O exemplo desta aberrante situação estava a 30 metros do local onde funcionava o Departamento de Património Cultural da Câmara Municipal de Lisboa. Um magnifico painel de João Segurado foi completamente vandalizado.

  

As imagens elucidativas do estado de degradação do painel azulejos da autoria de João Segurado. (fotos 2005)
 

A degradante situação só mudou em 2012, quando do palacete foram corridos o bando de incompetentes que por lá andavam a tratar do "património" (?).  O Palacete foi transformado, em 2013, numa útil biblioteca municipal.