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Prostituição Masculina no Campo Grande

O Jardim do Campo Grande e a Cidade Universitária desde 2002 foi-se transformando na principal local da prostituição masculina na cidade de Lisboa. O Jornal da Praceta dedicou ao tema uma contínua atenção, sem que as autoridades competentes tenha actuado como lhes competia. 

Quando começa a escurecer, assiste-se nesta zona a um verdadeiro corrupio de prostitutos e dos seus clientes. O aumento da prostituição fez disparar a criminalidade, nomeadamente o tráfico de droga, os roubos e assaltos violentos. (ver). 

 

 

Prostituição e Tráfico Droga 

 

No dia  13 de Julho, a agência Lusa fez eco de uma campanha de há dois anos do Jornal da Praceta. A antiga piscina do Jardim do Campo Grande está transformada num local privilegiado para encontros sexuais e abrigo de toxicodependentes.O resta desta piscina e outros equipamentos dos existentes no jardim estão ao abandono, sendo alvo de saques e destruição. A incúria e demissão da CML é completa.


" Campo Grande: De piscina de referência a ponto de encontros sexuais e abrigo de toxicodependentes. 13 de Julho de 2007, 12:00

Cristina Fernandes Ferreira, Agência Lusa

" Lisboa 13 Jul (Lusa) - Fechada há quase um ano, a antiga piscina do Campo Grande, em Lisboa, é hoje local privilegiado para encontros sexuais e abrigo de toxicodependentes, onde o lixo e a vegetação conquistam cada vez mais espaço.

Projectada na década de 50 por Francisco Keil do Amaral, foi durante anos piscina de referência dos lisboetas principalmente durante o Verão, quando era retirada a cobertura e funcionava como espaço ao ar livre.

Usada em tempos pelo Sporting Clube de Portugal, servia ainda para a prática de natação durante o Inverno até que em Setembro de 2006 foi encerrada por falta de condições de utilização, nomeadamente dos balneários.

Actualmente, ferros, bidões, tubos, oleados, cadeiras partidas, caruma de pinheiros e latas de refrigerantes ocupam o recinto, que recentemente foi vandalizado.

"Isto está tudo abandonado, a rede foi cortada há dois meses e desde aí isto tem servido para virem para aqui com os rapazes fazer já se sabe o quê", disse à agência Lusa um jardineiro que trabalha no Campo Grande há mais de duas décadas, referindo-se aos encontros sexuais que ali têm lugar.

Embrenhado na tarefa de cortar a já alta vegetação que protege a piscina dos olhares de quem passa, o jardineiro - que recusou identificar-se - acredita que um espaço mais exposto desencorajará tais práticas, pelo menos durante o dia.

João Donato, 80 anos, reformado, considera "absurdo" e "inacreditável" o estado de abandono e de degradação a que chegaram as instalações da antiga piscina.

"Chegam-se a ver casais, sobretudo de homens, em actos sexuais em pleno dia. É inacreditável", disse à agência Lusa.

João Donato lidera a indignação do grupo de quatro reformados que passa os dias no Campo Grande em torno de uma mesa de cartas a jogar a sueca.

Vítor Silva, 72 anos, outro elemento do grupo, revolta-se com o chão "pejado" de preservativos nas imediações da piscina e em várias áreas do jardim.

Contactada pela agência Lusa, fonte da Comissão Administrativa (CA) da Câmara Municipal de Lisboa disse "desconhecer completamente" que o recinto da piscina esteja a ser usado para encontros sexuais.

A presidente da CA "já tinha solicitado o corte do matagal em torno da piscina do Campo Grande", disse a fonte, adiantando que a Comissão Administrativa vai agora mandar reparar a cerca e "envidar todos os esforços para pôr termo a esta situação" junto da Polícia Municipal.

Sobre a reabilitação da piscina, a fonte do executivo camarário disse à Lusa que há um projecto para a reabilitar e transformar num espaço ao ar livre "enquadrado na recuperação" daquela zona, mas tudo depende agora do novo presidente que sair das eleições de domingo, a que concorrem 12 candidatos.

Fernando Ricardo, funcionário público, 52 anos, antigo utente da piscina, não esconde a tristeza que a degradação do espaço lhe provoca.

"Quando me lembro de que há 10/15 anos vinha para a piscina, custa-me, dói-me ver aquilo fechado e naquele estado de abandono", referiu à Lusa.

Residente no Bairro das Colónias, Fernando Ricardo tinha na piscina e no jardim do Campo Grande "uma referência" na animação da capital, particularmente durante o Verão.

Este funcionário público, que trabalha naquela zona há cerca de um ano, passa frequentemente a sua hora de almoço no Campo Grande, um jardim que, segundo diz, em 40 anos beneficiou apenas da construção de um parque infantil e de um circuito de manutenção.

"O jardim está num estado de abandono terrível, muito sujo, há papéis, fezes e urina por todo o lado, um cenário que só chama mais marginais. Não me admira que a piscina seja um refúgio de droga", considerou.

Lamenta o fim do serviço de aluguer de bicicletas e o encerramento dos ringues de patinagem e dos campos de ténis, estruturas que traziam gente ao jardim.

Mas as queixas dos utentes do Campo Grande estendem-se também à falta de casas-de-banho, à degradação dos equipamentos (bancos, mesas), à falta de bocas de incêndio e de pontos de água, à insegurança e aos assaltos e roubos.

"As torneiras e os lavatórios dos balneários foram roubados, rouba-se tudo aqui, até mesmo as ninhadas de patos que nascem no lago", explicou à Lusa João Donato.

O lago é outro dos pontos críticos do jardim, já que, segundo o concessionário da Esplanada do Lago, uma das poucas estruturas que continua a funcionar, há sete anos que a água não é mudada e os tradicionais barcos apenas ao domingo registam alguma actividade.

O comerciante diz que tem hoje 10 por cento dos clientes que tinha há oito anos, uma realidade que atribui por um lado à perda de hábitos dos lisboetas e por outro à falta de atractivos e ao estado de conservação do jardim.

A Junta de Freguesia do Campo Grande, liderada pelo social-democrata Valdemar Salgado, considera imperativo interromper o ciclo de degradação e insegurança.

Valdemar Salgado considera que as intervenções no jardim têm seguido "uma política de remendos" sendo necessária uma acção de fundo que passe, entre outras coisas, por garantir o acesso seguro dos utentes e pela selecção das espécies arbóreas a preservar, de forma a tornar o espaço mais visível à população.

Em 2003, a Junta de Freguesia apresentou à Câmara um projecto para fazer do Campo Grande um "parque urbano actualizado", que prevê a revitalização dos espaços desportivos e dos lagos já existentes, a instalação de um Cybercafe, um mega-espaço jovem e um anfiteatro para a terceira idade.

Prevê ainda a criação da "Lisboa das Crianças" um conceito à semelhança do Portugal dos Pequeninos, um Centro de Educação Rodoviária e uma Feira de Coleccionismo.

Com as eleições à porta, Valdemar Salgado promete apresentar o projecto ao novo executivo para "estimular a autarquia a olhar a sério" para o Campo Grande."

CFF. Lusa/Fim".

Nada nesta notícia é novidade, nem sequer a surpresa dos responsáveis actuais camarários pelo que está a acontecer no Jardim do Campo Grande. Há muito que vivem noutro mundo.

Pedofilia 

O Campo Grande tem sido, desde 2002, referido a propósito de dois casos ligados à prostituição masculina de menores. Este seria um dos locais onde o conhecido locutor Carlos Cruz alegadamente recolheria as crianças para práticas pedófilas. É também aqui que o alegado pedófilo Jorge Ritto possui uma das suas residências no país. Não longe deste local, mais precisamente no Hospital Júlio de Matos, outro alegado pedófilo fazia análise às crianças para verificar se as mesmas estavam ou não contaminadas pela Sida. 

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