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Carta do moradores da Rua José Lins do Rêgo ao vereador Manuel Salgado

Exmo Senhor

Prof. Doutor Arq. Manuel Salgado

Vereador do Urbanismo
Campo Grande nº 25 – 2ºE    1749-099 Lisboa

Assunto:  Renovado Pedido de Esclarecimentos

Excelência,

Permita que comecemos por manifestar a nossa profunda admiração e reconhecimento perante a obra que realizou em Lisboa, antes de entrar para a CML.

Desde disso Vª. Excia tem vindo a revelar-se uma profunda desilusão, devido às múltiplas contradições e situações em que se envolve, e envolve os moradores desta cidade.

1.   No dia 9 de Fevereiro de 2009, na Casa do Concelho de Tomar,  na célebre Reunião Descentralizada, manifestou-se contrário à localização do Auto-Parque Lins do Rêgo, no jardim da Rua José Lins do Rêgo. Uma posição também assumida pelo sr. Presidente da CML Dr. António Costa, o sr. vereador Dr. José Sá Fernandes e o arquiteto Nuno Portas presente na assembleia.

Vª. Excia foi mais longe que todos e manifestou as suas posições à comunicação social, tendo-as comunicado por escrito aos moradores.  À Associação Auto-Parque Lins do Rêgo, no dia  9/2/2009, de forma clara confirmou que o processo estava a ser reavaliado, iriam ser estudas alternativas à localização  do auto-parque, no âmbito de um estudo mais global sobre o estacionamento no bairro de Alvalade.

Em coerência com esta posição, a 14/2/2009 promoveu a constituição de um grupo para estudar alternativas à desastrada localização do auto-parque num pequeno jardim publico, encravado no meio de uma pequena praceta residencial. Uma medida coerente e sensata, própria do que é esperado de um vice-presidente e vereador de uma câmara municipal decente. 

2.   O que terá levado Vª. Excia a mudar completamente de posição, é algo que para nós permanece uma incógnita.

A única explicação temporal que encontramos, está numa “carta” do secretário da Associação Auto-Parque – Higuinaldo das Neves -, enviada através de uma funcionária camarária Hélia Lorinho ao sr. Presidente da CML- Dr. António Costa.

O nome desta funcionária consta, de forma destacada no cabeçalho da referida “carta”. O próprio Higuinaldo refere não apenas o recurso a este “meio privilegiado” de comunicação com o sr. Presidente, mas dá conta da cumplicidade que o meio envolve.  Estamos perante um quadro que fere todos os princípios de imparcialidade, equidade e transparência que devem nortear as relações entre os autarcas e os munícipes.

De certo que Vª. Excia leu a citada carta, onde é criticado de modo violento pelo  secretário da Associação e amigo da funcionária camarária, o qual pede ao sr. presidente para o pôr na ordem, deixando de questionar a localização do auto-parque.

Não deixa de ser significativo que Higuinaldo,  deixe um apelo ao sr. presidente para ter  força a enfrentar  que virá a seguir, tudo ao que se presume em  nome da “amizade”  como termina a carta.

3.   A verdade é que desde então Vª. Excia, por razões que ignoramos, abandonou a preocupação com a visão global do problema do estacionamento em Alvalade e o estudo das alternativas quanto à localização do Auto-Parque.

Não parece ter sequer em consideração as preocupações manifestadas pelos técnicos camarários -  Leonor Cabral, Diogo Pinto, Elisabete Toco, que chamaram a atenção para os elevados riscos que o projecto comporta: desvio do colector para uma cota mais elevada junto ao passeio, escavações a cerca de 1,5 metro das fundações dos prédios, atropelos a regulamentos municipais, etc, etc.

Foi com espanto que o passamos a vê-lo a pressionar o sr. vereador Fernando Nunes da Silva para se pronunciar sobre o projecto. Como é sabido, a maioria dos serviços camarários também não se pronunciaram  em tempo útil. Facto objecto de vários lamentos.

No dia 17 de Dezembro de 2010, acaba a dar o dito por não dito, aprovando a construção do auto-parque no pequeno jardim da Rua José Lins do Rêgo.

Para concluir o ramalhete,  o “bom negócio”, financiado pelo Banco Santander, também viu reduzidas as taxas de ocupação da via pública de 362.782 euros para 21.181 euros (2011/1/11).

Em todo este processo há uma coisa que lamentamos, é que sua excelência  NUNCA tenha informado os moradores da sua mudança de posição.  Era o mínimo dos mínimos que devia ter feito. À falta de coerência juntou-se a prepotência.

Com os melhores cumprimentos,

Lisboa, 19 de Julho de 2011

Continua

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A Destruição do Jardim da Rua José Lins do Rêgo

 

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