Jornal de Alvalade

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Sinais de Transito, Passadeiras e Passeios em Alvalade

 

 
 

Passadeiras

Atualmente um dos locais preferidos para estacionar uma viatura é num cruzamento, que também seja uma passadeira-passeio rebaixado, impedindo desse modo a visibilidade de quem entra na artéria principal. Veiculo estacionado na Rua Afonso Lopes Vieira-Av. da Igreja, Foto: 28/11/2019

A carrinha (do fantasmagórico) serviço "Porta-a-Porta" da Junta de Freguesia de Alvalasde, com rodas em cima do passeio e na passadeira, tirando a visibilidade aos condutores numa apertada curva. Foto: 2/12/2019, 12:45.

Sinais de Transito

Sinais de Trânsito Invisiveis

Quem passa junto ao cruzamento entre a Avenida do Brasil e a Avenida do Roma já deve ter reparado numa placa cujas letras dificilmente se conseguem ler. Era suposto chamar à atenção dos condutores para terem especial cuidado com o local, por onde passam todos os dias milhares de "peões": a principal entrada do Parque de Saúde de Lisboa, onde se situa o Hospital Psiquiátrico Júlio de Matos. Trata-se todavia de uma alerta frustrado, devido à incúria de quem devia de cuidar pela sua legibilidade. Foto: 26/11/2019

Descubra as Alterações ao Código!. Avenida do Brasil

(Av. do Brasil, junto ao Jardim do Campo Grande)

Em qualquer parte do mundo este sinal significa proibição de estacionamento, menos em Lisboa onde tem um sentido inverso. Um outro pormenor: os passeios também não são para os "peões", mas para os automóveis. Esta era a situação vivida em Alvalade até 2016. Só começou a acabar quando os fiscais da EMEL substituiram a PSP e a Polícia Municipal de Lisboa na tarefa de penalizar o estacionamento nos passeios. Por enquanto a sua ação é apenas diurna... à noite volta-se ao antigamente !

Jardim do Campo Grande

Era para ser ponto de estacionamento de bicicletas, mas o que encontramos são automóveis

 
 

Passeios

A situação dos passeios na freguesia de Alvalade, durante o dia, tem um antes e um depois de 2016. Foi só então que a EMEL passou controlar o estacionamento. O que aqui se passava era uma barbárie, perante a continuada incúria dos serviços camarários, PSP e Polícia Municipal de Lisboa. A "caça à multa" dos fiscais da EMEL tornou-se no grande aliado dos moradores, sobretudo da população mais idosa ou com problemas de mobilidade.

Crateras

Desabafo de um morador antes de 2016: "Não bastava os automóveis invadirem os passeios e expulsarem para a rua os transeuntes, eís que surge uma nova praga: as crateras nos passeios. No lado oriental do Campo Campo Grande, as crateras já atingiram uma tal dimensão que se multiplicam as quedas de idosos e invisuais.  Entre as razões apontadas para explicar este fenómeno apontam-se as seguintes:

1. A destruição dos passeios provocada pelos automóveis, que se acentuou com a proliferação dos "jeeps";

2. O desleixe da CML ;

3.Calcetamentos mal feitos. Nada que uma eficaz fiscalização municipal não pudesse resolver."

Arquivo:

Impunidade !. É conhecida a falta de civismo dos condutores em Lisboa. Estacionam em tudo quanto é sítio, nomeadamente nos passeios e nos relvados dos jardins. A inoperância da Polícia Municipal de Lisboa na repressão destas situações, tem estimulado a generalização destas práticas incivilizadas, as quais se traduzem frequentemente na destruição dos espaços públicos na maior das impunidades.

Dois simples exemplos: No dia 27/10/2013, enquanto decorria o jogo entre o Sporting e o Porto, o condutor da viatura 07-72-RB, resolveu estacionar no relvado do jardim da Rua José Lins do Rego, perante o protesto dos moradores. A Polícia Municipal de Lisboa foi avisada mas nada fez. No dia 26/1/2014, um outro condutor da viatura 15-59-RL, repete a mesma cena. Vários moradores garantiram-nos que a PSP e a Polícia municipal foram igualmente avisadas, mas nada fizeram. A situação só mudou, em Março de 2014, quando por exigência dos moradores foram colocados pilaretes que impediram a continuação do estacionamento selvático do que resta do antigo jardim.

Enclausurados. Dia 21 de Agosto, 2005.19h30.Rua José Lins do Rego

Qual a razão porque a polícia está a multar a automobilista? Hipóteses: 1.  Por bloquear a entrada do prédio, impedindo os moradores acederem às suas casas; 2. Bloquear o acesso dos bombeiros ao edifício em caso de urgência; 3. Impedir a circulação das pessoas nos passeios, obrigando-as a andarem nas ruas; 4. Dificultar a passagem do camião do lixo à 1 da manhã.  5. Outra razão.  Descubra o motivo e ganhe um prémio!

Passeios Viram  Stands de Automóveis

Em Lisboa os passeios tornaram-se há muito parques de estacionamento. Mesmo havendo um parque de estacionamento no local, muitos poucos são os que o pensa usá-lo tendo à mão um passeio. Os camiões passaram também a estacionar nos passeios para efectuarem cargas e descargas. Os próprios stands de automóveis usam-nos para  ampliarem as suas áreas expositivas. O civismo desapareceu. Alheamento da Polícia e da CML é total.

Fotografia registada no dia 20 de Junho de 2002, às 13H30, onde se pode verificar o total desrespeito pelo Código da Estrada (alínea g) do artº 49) e pela  segurança dos peões. Local ?  Cruzamento da Av. Rio de Janeiro com a Rua Ricardo Jorge. No passeio vêm-se para além do  camião de uma empresas de transportes (DNL), os automóveis para venda do stand Auto Rio Alvalade.

Um leitor preocupado com as pessoas, sugere que a Câmara Municipal de Lisboa, cerque o local com os conhecidos “paliteiros” metálicos ou “agentes fixos da autoridade “ como são chamados, com muita propriedade nalguns países africanos.  G.B.

Nota: Em Agosto de 2007 a situação mantinha-se na mesma, o que revela a completa incapacidade dos serviços municipais em cumprirem as suas funções mais elementares, a de velaram pelos espaços públicos. A situação só se alterou alguns anos depois quando surgiu no local um estabelecimento comercial que se manifestou lesado.

Estacionamento nos Passeios

A gravidade da situação do trânsito e do estacionamento no Campo Grande, assumiu tais proporções que passou a ser objecto de uma atenção particular por parte dos jornais nacionais. Não se pense que o problema de resume apenas às longas filas de viaturas que a toda a hora passaram a "entupir" as principais artérias, ou mesmo ao amontoado de automóveis que se acumulam nos improvisados parques de estacionamento. O problema é muito mais grave, se tivermos em conta os elevados indices de poluição sonora e atmosférica registados na zona, assim como a expulsão dos moradores dos passeios junto às suas residências. Para esta situação contribuiu nos últimos anos, quatro factores essenciais: 

1º. O aumento brutal viaturas que entram diariamente na cidade, mais de 300 mil, e aqui encontraram um dos locais privilegiados para estacionar sem qualquer restrição; 

2º.O aumento exponencial de estudantes universitários na zona, que fez igualmente disparar o número de viaturas no bairro; 

3º. O crescimento dos serviços, nomeadamente pela transformação de edifícios de habitação em escritórios, o que não deixa de contribui para  aumento o tráfego; 

4º. Muitos dos novos edifícios que foram ou estão a ser construídos não possuem parques próprios de estacionamento, ou estes foram rapidamente transformados em armazéns ou escritórios. Um exemplo paradigmático desta situação é o  "World Trade Center" no inicio da Avenida do Brasil: 11 andares de escritórios, sem um único parque de estacionamento. 

O resultado de tudo isto é o caos urbano e a degradação da qualidade de vida da população residente, o que não parece incomodar ninguém, nem a CML, nem a Junta de Freguesia. A única constante é o abandono do bairro por parte dos seus moradores. Em 1961, o Campo Grande contava com 19.351 residentes, em 2001, o INE aponta para cerca de 11 mil.

 
 
 

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