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Em Janeiro inicia-se muitas coisas. Fomos visitar o Clube Ferroviário de Portugal, na doca de Santo Amaro em Lisboa, e ficamos surpreendidos com as condições e o acolhimento. Até encontramos um velho amigo de Alvalade. O convite surgiu pronto, porque não praticas remo no rio Tejo?

Aceitamos o desafio. Após algumas sessões nos tanques e no ginásio para aprender o essencial o remo e a sua terminologia, para além de adquirir a resistência e a coordenação necessária fomos considerados aptos para iniciar a verdadeira prova: remar no rio Tejo !.

No dia 14 de Dezembro, quando o Clube Ferroviária de Portugal comemorava o seu 91º. aniversário participamos numa emocionante regata. A origem do clube remonta ao século XIX. Os operários ferroviários que moravam na margem sul do Tejo, conta-se, faziam competições entre eles para ver quem chegava primeiro a Lisboa. Em 1880 alguns deles ganharam uma regata em Cascais, cuja taça constituiu uma referência incontornável no clube. Em 1928 decidiram criar o Grupo Desportivo da CP, e em 1934 surgia o Ateneu Ferroviário. Em 1961, as duas associações uniram-se para fundarem o Clube Ferroviário de Portugal. Pr agora chega de história e vamos ao remo.

No cais da Doca de Santo Amaro, em Alcantara, onde o clube tem à muitas décadas, o seu "Posto Nautico", no dia do aniversário a azafama era grande.
Não se entra na água de qualquer maneira. Cabe aos "timoneiros" verificarem o estado dos barcos, fixar os lugares de cada remador e todas a indicações necessárias. Uma delas que registamos foi a de nos indicarem que todos tinhamos que seguir o "voga" (posição 4).

Ricardo e António Arnega do Carmo
A largada dos barcos é sempre um momento de grande animação e a coordenação das manobras fundamental, as quais são feitas sempre a braços, sem mexer as pernas. "Remar" e "cear" são as palavras mais ouvidas.
Durante a saída, as pás estão sempre na vertical, e só quando o timoneiro entende é que se passa a "meia calha" ou "completo"(remada larga).
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