Rewind - Vídeo-Instalação
Emanuel Ramalho num video-instalação resolveu reflectir sobre os punks de Lisboa nos anos setenta e oitenta. As imagens que usou fazem parte do espólio de Fernando Serpa (1965-2010). O texto de apresentação fala-nos de uma viagem ao passado. Numa primeira sequência de imagens é exposta a pobreza de pessoas que povoavam as ruas de Lisboa. Na seguinte, são mostradas imagens do punks de Alvalade. Com execepção de uma ou outra imagem, a roupa, penteados e acessórios que usam e até o espaços onde aparecem retratados são convencionais. O "A" circundado, simbolo do anarquismo, está lá para os associar a este movimento. Todos estes elementos mostram-nos um punk comedido nos seus anseios de revolta ou ruptura com a sociedade. A grande ruptura que urgia fazer era com a pobreza endémica da sociedade portuguesa. A sociedade de consumo contra a qual os punks noutros países se revoltavam, tinha ainda pouca expressão em Portugal. Para acentuar o seu limitado inconformismo, segundo o artista, o televisor onde estas imagens são mostradas, surge no cimo de uma escadaria típica dos séculos XVII/XVIII ladeada de azulejos. Está também assente sobre um pano vermelho para lhe dar uma dimensão doméstica . Nada de rupturas.
Musicos e Bandas de Música em Alvalade
Entre os anos 60 e 90 o território que hoje constitui a freguesia de fervilhava de criadores musicais. É um fenómeno que carece de ser estudado e valorizado. A maioria nem sequer eram de Alvalade, mas aqui vinham encontrar-se com outros músicos, tocarem ou ensaiarem.
Cantores:
Paulo de Carvalho
Fernando Tordo
Carlos Mendes
António Variações. Em 1978 trabalhou como barbeiro no Baeta no Centro Comercial de Alvalade. Os seus discos tem a ativa colaboração de músicos de Alvalade, como Pedro Ayres de Magalhães.
Rodrigo Leão
Aurea - estreou-se no Templarios Bar |