Jornal da Praceta

Informação sobre a freguesia de Alvalade

(Alvalade, Campo Grande e São João de Brito )

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PSD/CDS

Manuela Ferreira Leite explica a Carlos Moedas que pode contar com o apoio do movimento Mudar Alvalade  (apoiantes de costas na imagem) desde que pague a factura em dívida nas piscinas  da Penha de França e de Alvalade.

Coligação Novos Tempos

Lista -Efectivos

(Todos os candidatos moram na freguesia com excepção dos assinalados)

- José Manuel Amaral Lopes, jurista (morador fora da Freguesia)

- Miguel Tomás Cabral Gonçalves, economista (morador no Funchal)

- Ana Rita Gagean de Sousa Guerra Constenla, investigadora. Candidata do CDS.

- Paulo Sérgio Doce de Moura, bancário (morador fora da Freguesia)

- Helder Fernando Simões dos Santos, engenheiro electrotécnico e de computadores

- Ana Paula Aragão Pires de Carvalho de Mira Coelho, jornalista (moradora no Montijo)

- Filipe Bento Damasceno Monteiro Moreno, estudante

- Miguel Angelo Ribeiro Henriques, advogado

- Teresa Alexandra de Campos Aguiar Gameiro, bancária (moradora fora da Freguesia)

- José Luis de Rezende Moreira da Silva, advogado

- Cristiana Lúcia Camilo Vieira, socióloga (moradora fora da Freguesia)

- Carlos Roque do Rosário Rego, consultor imobiliário

- Maria Regina da Costa Moreira Lagoa da Araujo Santos, reformada (moradora fora da Freguesia)

- Ana Raquel da Silva Vidreiro Nogueira Pelicano, professora

- Ricardo Filipe M. Tamaguini Bandeirinhas, dir. recursos humanos

- Maria João Ferreira Alves, professora

- Rui Miguel Simões Roque Silva, gestor

- Francisco Xavier Pereira Coutinho Castel-Branco de Azevedo, estudante

- Maria Manuela Roque Rodrigues Barros Maia, reformada

 

Lista - Suplentes

- Maria Madalena Gonçalves Peixoto Vieira dos Santos, produtora (moradora em Sintra)

- Paulo Carrapatoso Bordalo Amado, engenheiro

- Joaquim Miguel Calado Cortes de Meirelles, gestor

- Joana Margarida Pinheiro dos Santos, estudante

- Maria João Santiago Militão Camacho, bolseira

- Francisco Luis Ferreira Bento, gestor (morador fora da Freguesia)

- Teresa Sofia Vieira Gagean Araújo Borges Boavida, desempregada

- Helder Ricardo Brito Robalo Santos Correia, advogado

- Laura Gomes Sequeira Morais Frutuoso, estudante (moradora em Rio Maior)

- Guilherme Cruz Rebola, estudante

- Carla Isabel Marcelo de Matos Bandeirinha Tamagnini, engenheira

- Noélia do Carmo Sezões Gafanha, gestora MKT

- Carlos Frederico Cipriano da Silva Gonçalves, engenheiro/gestor (morador fora da Freguesia)

- Alexandra Maria do Carmo de Abreu Salgado, engenheira civil,

- Carlos Eduardo, advogado

- Daniel Jorge Viana Martins, fotografo (morador fora da Freguesia)

- Ana Rita Pimenta Araújo Coelho Sampaio, gestora de clientes

- Guilherme Gafanha Baptista, design gráfico (morador em Cantanhe, Coimbra)

 

Mandatária: Mónica Cristina Madeira Sabrosa, sem profissão

Programa

A verdade que o PSD/CDS continuam, como no passado, a revelar uma inacreditável falta de ideias para melhorar a freguesia. Limitam-se a confiar na fidelidade dos votantes na direita, para os quais o importante é apenas que a "esquerda" seja derrotada. Depois da já referida "arrancada" de Moedas em Alvalade, a coligação PSD/CDS eclipsou-se na freguesia. Ideias ? Quase nenhumas. Recorde-se que em 2017 o PSD nem sequer apresentou um programa eleitoral para a freguesia.

Após algumas visitas pela freguesia (BSJ Brito, Av. da Igreja e pouco mais) registamos algumas vagas ideias para a freguesia:

1. Aumento do estacionamento automóvel (construção de silos). Carlos Moedas em maio de 2021 veio à freguesia de Alvalade e sem nada conhecer da mesma fez uma volumosa promessa: a construção de um silo para automóveis. José Ferreira, militante do PS e tesoureiro da atual junta veio a público demonstrar a falta de coerência do PSD. Na verdade, na Assembleia Municipal, com viotos contra do PSD, o PS acabara de ver chumbada a sua proposta para a construção de um parque de estacionamento no jardim público no Largo Frei Heitor Pinto (proposta 246/CM/2021, na 147ª. reunião, 18/05/2021). De forma inteligente Moedas falou do silo mas omitiu o lugar da sua construção. Não faltam locais aceitáveis, como o parque de estacionamento junto ao mercado de alvalade. José Ferreira andou muito mal ao apoiar a CML na triste ideia de destruir jardins públicos para a construção de parques de estacionamento. É bom que se liberte das nefastas influências que recebeu na sua passagem pela famigerada e extinta Junta de Freguesia do Campo Grande.

2. Organização de uma rede de cuidados permanentes. Uma medida virada para a população mais idosa, e que irá concorrer com os cuidados que já prestados por outras instituições, como a Paróquia do Campo Grande, Paróquia de S. João de Brito, etc. etc.    

3. Reforço do policiamento;

4. Transformar o Campo Grande (jardim?) num palco de continuos eventos: festivais de música, exposições, etc., uma promessa de Amaral Lopes nas redes sociais;

5. Educação pela arte. Foi até agora a única proposta que foi apresenteda de forma detalhada, tendo em conta experiências em outros países.

Ideias ainda muito vagas para uma freguesia com 33 mil habitantes (censo de 2021). Estamos seguros que quando Amaral Lopes e a sua equipa conhecerem melhor a freguesia de Alvalade irão surgir com novas ideias para proporem aos fregueses.

Com o andar da carruagem, a coligação acabou por apresentar um programa eleitoral mais detalhado: Consultar    

Amaral Lopes em campanha de rua. Foto: 20/09/2021  

Campanha

José Manuel Amaral Lopes é o candidato escolhido por encabeçar esta coligação de direita na freguesia de Alvalade. Antigo secretário de estado adjunto do ministro da cultura do governo de Durão Barroso (2002-2004), secretario de Estado dos Bens Culturais do Governo de Santa Lopes (2004-2005). Foi vereador da cultura na CML no tempo do famigerado Carmona Rodrigues (2005-2007), oara além outros cargos públicos irrelevantes. Em 2017, quando se preparava para concorrer à presidência junta, Pedro Passos Coelho substitui-o por João Pessoa e Costa. Este não tardou a "trair" o partido e bandeou-se para a "Aliança" do seu amigo Pedro Santana Lopes, deixando o PSD local à deriva. Amaral Lopes tem agora a ingrata tarefa de credibilizar a participação do PSD na freguesia, marcado por uma sucessão de desastradas escolhas de candidatos. Pior era impossivel.

Depois das Avenidas Novas a freguesia de Alvalade é aquela que a coligação liderada pelo PSD acredita ter grandes hipóteses ganhar ao PS. Entre 2002 e 2013 a direita dominou nas três juntas de freguesia, mas após a união das freguesias a liderança passou para o PS. Nas eleições de 2017 o PSD obteve 20,7% dos votos e o CDS 18,38%, somando estas percentagens e juntando votos dispersos de partidos fantasma agregados à coligação, as perspectivas são optimistas.

Conversa com José Amaral Lopes

O ponto de encontro, no dia 17/09/2021, pelas 16h30, não podia ser mais significativo: o Café Luanda. Natural desta cidade angolana, católico e militante do PSD desde 1982, como fez questão de sublinhar, considera que está numa freguesia que pertence pela sua "natureza" ao PSD e CDS. A conversa, como se verá, pairou sobre sobre a psicologia do povo português, ética e filosofia da política, os seus contactos internacionais, terminando na necessidade de recuperar os antigos "guardas nocturnos".

Á pergunta - porquê Alvalade ? Amaral Lopes repostou com "por que não Alvalade?". Com grande fluidez nas palavras dissertou sobre o cosmopolitismo de cidades como Lisboa, onde no seu entender é irrelevante a origem e residência dos candidatos, mesmo que se tratem de eleições para uma freguesia. No seu entender a questão é reveladora de um "provincianismo" muito generalizado. Ao longo da conversa foi procurando estabelecer alguma ligações a Alvalade, dizendo-nos que vinha à Avenida de Roma fazer compras, mais baratas do que na Baixa,  frequentava o café Capri (situava-se junto à Praça de Londres, fora portanto dos limites da freguesia). De forma vaga e pouco convincente referiu o Vá-Vá. 

Sem nunca nos olhar nos olhos, embrenhou-se de seguida num ensaio sobre a psicologia dos portugueses "pouco exigentes" e que mostram grande dificuldade em darem valor a quem o tem, num discurso que nos fez lembrar Gustavo Le Bon (As Leis Psicológicas da Evolução dos Povos) ou João Mediana (Portuguesismo(s)). Depreendemos que procurava justificar a sua escolha pelo partido como candidato a Alvalade. Em dois outros momentos da conversa reforçou a justificação referindo a sua experiência e contactos internacionais, a passagem pela CML no tempo do famigerado Carmona Rodrigues, durante a qual destacou a nomeação que fez de Diogo Infante para o Teatro Maria Matos.  

Num discurso quase ininterrupto, em que se manifestou "empolgado", passou a discorrer sobre o tema mais excitante: o trabalho do politico, Define-o como um "condicionador". A nossa reacção de espanto levou Amaral Lopes a passar a olhar-nos nos olhos. Tentamos fazer uma analogia entre estes  "condicionamentos" com o trabalho do uma arquitecto ou um urbanista. No seu entender estes últimos concedem maior liberdade às pessoas. Os políticos condicionam a vida dos cidadãos, procurando determinar através de imposições legais os seus comportamentos e atitudes, moldando-lhes as consciências. Num primeiro momento pareceu-nos uma aproximação à critica anarquista de Mikhail Bakunin ( Estatismo e Anarquia) ou do liberal Robert Nozick (Anarquia, Estado e Utopia), pura ilusão. Amaral Lopes seguiu outro caminho, e extraiu a conclusão que perante tanta responsabilidade a única saída estava na ética dos politicos, actualmente muito desacreditados por culpa própria, conforme considerou. A prática política deve ser orientada no sentido do "Bem Comum", numa versão que nos fez lembrar São Tomás Aquino (Suma Teológica) . 

Havia que aterrar em Alvalade e centrar-nos  no programa da coligação para a freguesia. Começamos por abordar três áreas especificas: apoio domicialiário, creches e educação pela arte.  Neste ponto o nosso interlocutor mostrou um grande desconhecimento  sobre o que existe e acontece na freguesia. A mais valia que trás para a freguesia, como o próprio enfatizou, é a sua experiência e contactos internacionais. Deu a este respeito dois exemplos do que poderia fazer a Junta de freguesia:  

- A ajudar as várias entidades que prestam apoios domiciliários a concorrerem a apoios comunitários. 

- No domínio da educação pela arte dar a conhecer aos professores (as) as experiências pedagógicas que foram realizadas em Inglaterra, copiadas e adaptadas na Holanda e que podiam ser transferidas para Alvalade. Uma vez mais os seus contactos internacionais foram evocados como um importante contributo para concretizar  esta proposta.

Amaral Lopes, sentiu neste momento a necessidade de referir outras propostas diferenciadoras do Partido Socialista e que não assentassem apenas nas suas competências. Referiu a caso dos "Guardas Nocturnos" que considerou indispensáveis para combater a criminalidade na freguesia, e cuja regulamentação está em estudo na CML há anos. A responsabilidade é da Junta?, inquirimos. No seu entender a CML e Junta de Freguesia são a mesma coisa, dado serem geridas pelo mesmo partido político. Um discurso em tudo similar ao da Iniciativa Liberal.

Não prosseguimos na análise de outros pontos do resumido programa da Coligação para Alvalade, dado a constante repetição da ideia que tudo é possivel dada a experiência e contactos internacionais do candidato.

Quisemos por último, após 1 hora e 32 minutos, ouvir Amaral Lopes sobre os resultados que a coligação espera obter no próximo dia 26 de Junho. Só pode ser a vitória, apontando dois motivos: o primeiro é que os habitantes da freguesia estão tristes, infelizes e deprimidos, como vem constatando nos contactos de rua; o segundo é que "Alvalade" é pela "natureza" dos seus habitantes de direita.  Trata-se pois de recompôr uma ordem preestabeleciada que foi alterada em 2013, uma visão politica que nos lembra Platão. Cada um seguiu o seu caminho, Amaral Lopes para o parque de estacionamento e nós para observar mais uma ação de campanha.  

Campanha na Rua

Eis que nos deparamos com uma militante em plena campanha. Maria Regina Lagoà Santos de forma empenhada distribuia uma folha com algumas propostas de Novos Tempos para Alvalade. O diálogo foi curto e incisivo: Expectivas? "A situação está dificil, os socialistas tem uma "máquina"... Bem oleada? "Sim, mas estão metidos em muitos processos judiciais" . Em Alvalade? "Não, em Lisboa". E na Freguesia ? "Tem andado a distribuir muito dinheiro a associações LGBT" (Lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros). O clássico discurso de "crime" e "sexo" sem concretizações. É bom recordar que estamos em plena campanha eleitoral. Foto: 6/09/2021.

Quem é ?

A um mês das eleições consultando toda a parca informação divulgada pela coligação Novos Tempos sobre candidatos, programa e campanha na freguesia de Alvalade deparamo-nos com o destaque dado a um dos candidatos: Guilherme Cruz Rebola. Surge em 30º. lugar na lista, como suplente. Nenhum outro mereceu semelhante visibilidade. Alguns dos nossos leitores ficaram intrigados com a importância dada a este candidato quando tudo o mais parece descurado pela Coligação em Alvalade. Trata-se de um jovem estudante da Fac. de Medicina da UL, com uma profunda ligação afectiva ao Hospital de Cantanhede onde a mãe foi ou é enfermeira. Foi também um dos entertainers da SIC Radical. Reside certamente nesta última atividade, a explicação para o seu destaque, dado poder captar votos dos jovens e surgir agora também como "empreendedor".

 

 

   
 
 

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